quarta-feira, 29 de julho de 2009

PROVA E ENTREGA DE TRABALHOS

Receberei os trabalhos no dia 30/7, quinta-feira, das 9h às 10h, na sala 38 do prédio de Letras.
Quem for fazer a prova, comparecer às 9h na sala 38.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

SOBRE RECUPERAÇÃO

A recuperação será feita da seguinte forma:
1. Os alunos que não entregaram trabalho final, e tiveram média final maior ou igual a 3,0 e freqüência igual ou maior a 70%, poderão fazer prova no dia 30 de julho, quinta-feira, das 9h às 12h, em sala ainda a ser definida. A prova tratará de questões gerais tratadas ao longo do curso e pressupõe conhecimento da bibliografia indicada no programa do curso e comentada nas aulas.
2. Os alunos que entregaram o trabalho final poderão refazê-lo a partir de orientações dadas por mim (aos que estiverem nesse caso, peço que escrevam para mim, hsg@usp.br, ou para a Mônica, monica.asciutti@usp.br); os trabalhos deverão ser entregues também no dia 30 de julho, das 9h às 12h, em sala a ser indicada.

terça-feira, 30 de junho de 2009

CONCLUSÃO DO CURSO E DEVOLUÇÃO DOS TRABALHOS FINAIS

Na quinta e na sexta-feira, 2 e 3 de julho, concluirei o curso, tratando de "Memórias de um sargento de milícias", de Manuel Antônio de Almeida, e do ensaio “Dialética da malandragem”, de Antonio Candido.
Na sexta-feira, devolverei os trabalhos comentados e divulgarei as notas finais e a freqüência.
Tanto na quinta como na sexta, as atividades serão feitas conjuntamente para as turmas dos dois horários das 10h às 12h, na sala 202.
Se alguém do primeiro horário não puder comparecer, peço que me escreva (hsg@usp.br) para pensarmos numa alternativa.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

LEMBRETE SOBRE TRABALHO FINAL

Na próxima sexta-feira, dia 26, receberei os trabalhos finais das 9h às 10h30 na sala 38. Estarei também com a tabela da freqüência às aulas, para que cada um possa conferir o número de faltas.
Aos que fizeram o projeto de trabalho, peço que o anexem ao trabalho final, para que eu possa acrescentar a nota do projeto à nota do trabalho.
Até sexta!

domingo, 7 de junho de 2009

SOBRE TRABALHOS FINAIS

Na sexta-feira, combinei com os alunos que foram à faculdade manter a entrega do trabalho para 26/6, sexta-feira. Se a greve continuar até lá, receberei o trabalho na sala 38, entre 9h e 10h30.
Qualquer dúvida, escrevam para mim (hsg@usp.br) ou para a Mônica Asciutti (monica.asciutti@usp.br)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DECISÃO DA ASSEMBLÉIA DA ADUSP

Na assembléia da Adusp (Associação dos Docentes) de hoje, 4/6, quinta-feira, ficou decidida greve a partir de amanhã, 5/6, sexta-feira.
Estarei nas salas de aula às 8h15 e às 10h15, para esclarecer para vocês o que motivou a decisão dos professores pela greve e também para dar informações sobre os encaminhamentos para a conclusão do curso.
Até lá.
Hélio

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"BANDIDO NEGRO", Castro Alves

"BANDIDO NEGRO", Castro Alves

Corre, corre sangue do cativo
Cai, cai, orvalho de sangue
Germina, cresce, colheita vingadora
A ti, segador, a ti. Está madura.
Aguça tua foIce, aguça, aguça tua foIce.
(E. Sue, Canto dos filhos de Agar)

Trema a terra de susto aterrada...
Minha égua veloz, desgrenhada,
Negra, escura nas lapas voou.
Trema o céu ... ó ruína! ó desgraça!
Porque o negro bandido é quem passa,
Porque o negro bandido bradou:

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Dorme o raio na negra tormenta...
Somos negros... o raio fermenta
Nesses peitos cobertos de horror.
Lança o grito da livre coorte,
Lança, ó vento, pampeiro de morte,
Este guante de ferro ao senhor.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Eia! Ó raça que nunca te assombras!
P’ra o guerreiro uma tenda de sombras
Arma a noite na vasta amplidão.
Sus! pulula dos quatro horizontes,
Sai da vasta cratera dos montes,
Donde salta o condor, o vulcão.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.
E o senhor que na festa descanta
Pare o braço que a taça alevanta,
Coroada de flores azuis.
E murmure, julgando-se em sonhos:
"Que demônios são estes medonhos,
Que lá passam famintos e nus?"

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Somos nós, meu senhor, mas não tremas,
Nós quebramos as nossas algemas
Pra pedir-te as esposas ou mães.
Este é o filho do ancião que mataste.
Este - irmão da mulher que manchaste...
Oh! não tremas, senhor, são teus cães.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

São teus cães, que têm frio e têm fome,
Que há dez séc'los a sede consome...
Quero um vasto banquete feroz...
Venha o manto que os ombros nos cubra.
Para vós fez-se a púrpura rubra,
Fez-se o manto de sangue p’ra nós.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Meus leões africanos, alerta!
Vela a noite... a campina é deserta.
Quando a lua esconder seu clarão
Seja o bramo da vida arrancado
No banquete da morte lançado
Junto ao corvo, seu lúgubre irmão.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Trema o vale, o rochedo escarpado,
Trema o céu de trovões carregado,
Ao passar da rajada de heróis,
Que nas éguas fatais desgrenhadas
Vão brandindo essas brancas espadas,
Que se amolam nas campas de avós.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz


OUTROS POEMAS SOBRE A VINGANÇA DE ESCRAVOS

“Tragédia no lar” (1865), de Castro Alves
“Mauro, o escravo” (1864), de Fagundes Varela


BIBLIOGRAFIA SOBRE O NEGRO E O ESCRAVO NA LITERATURA BRASILEIRA

BROOKSHAW, David. Raça & cor na literatura brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
BROCA, Brito. “O ‘Bom Escravo’ e as ‘Vítimas Algozes”. In: _______ Românticos, pré-românticos e ultra-românticos – Vida literária e romantismo brasileiro. São Paulo: Polis; Brasília: INL, 1979.
GOMES, Heloisa Toller. O negro e o romantismo brasileiro. São Paulo: Atual, 1988.
____ As marcas da escravidão. O negro e o discurso oitocentista no Brasil e nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/ EDUERJ, 1994.
SAYERS, Raymond. O negro na literatura brasileira. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1958.